Campinas, SP, 06, (AFI) – Finalista da Liga Campineira Sub-20, o Vila Boa Vista chega com moral para a decisão após uma campanha sólida e uma semifinal heroica. No centro dessa trajetória está Riquelmi, capitão do time, símbolo de liderança e resiliência, que conversou com nossa reportagem sobre o caminho até a grande final e sua missão à frente da equipe.

AMADURECIMENTO NO AMADOR

A história de Riquelmi com o Vila Boa Vista começou no ano ado, quando integrou o elenco Sub-20 que fez uma campanha marcante, mas que acabou eliminado nas quartas de final nos pênaltis, justamente para o Brahmeiros — adversário que o destino colocou novamente no caminho da equipe nesta temporada.

“Depois daquela campanha, fui para o Amador e este ano tive a oportunidade de voltar para o Sub-20. Desde o começo, não foi nada fácil. A nossa trajetória exigiu muito, desde os primeiros amistosos. Sempre deixamos claro para o grupo que seria uma caminhada de superação”, destaca o capitão.

Para ele, representar o Vila Boa Vista tem um peso especial: “É um privilégio liderar uma equipe gigante, bem requisitada e reconhecida em Campinas. Mais do que uma oportunidade, é um prazer.”

SUPERAÇÃO NA SEMIFINAL

A semifinal contra o Brahmeiros foi um teste extremo para o caráter e a força mental do Vila. O time saiu perdendo por 2 a 0, e Riquelmi ainda sofreu uma lesão no segundo tempo. Mesmo fora de campo, sua influência seguiu determinante.

“Desde a minha saída até no banco de reservas, não deixei de acreditar. Segui incentivando meus companheiros, tanto os que estavam ao meu lado quanto os que permaneciam dentro de campo”, conta.

Ele destaca que o cenário adverso, com a torcida sendo provocada e o time desacreditado, apenas reforçou a necessidade de manter a fé: “A fé aparece no momento em que estamos desacreditados. Perdendo de 2 a 0, com tudo contra, nossa missão era manter a esperança viva.”

O Vila reagiu, empatou e venceu nos pênaltis, em um jogo eletrizante que, segundo Riquelmi, sintetizou a essência da equipe: “Temos um ótimo ataque, uma boa saída de jogo, e, acima de tudo, uma mentalidade forte. Sabemos encarar as dificuldades como oportunidade de evolução.”

FORÇA COLETIVA

Com 26 gols marcados ao longo da competição, o Vila Boa Vista se destacou pelo equilíbrio entre os setores. Riquelmi enxerga exatamente nisso o maior trunfo do time.

“Temos que exaltar o trabalho da defesa, do meio-campo e do ataque. São os três pilares que formam uma equipe vencedora e qualificada. Para fazer gol, a bola precisa sair bem lá de trás”, explica.

Ele também destaca a evolução do time ao longo do torneio: “Nos concentramos muito nos jogos mais difíceis, corrigimos erros minimalistas, e isso nos trouxe até aqui.”

Como capitão, Riquelmi entende que seu papel vai além das quatro linhas. “Minha responsabilidade é mostrar confiança e esperança, porque somos exemplos dentro e fora de campo. Precisamos sempre evidenciar a união e a capacidade do time, especialmente nos momentos de turbulência.”

Ele enfatiza que, diante das adversidades, não se pode deixar de apoiar e buscar positividade para o grupo. “Esse é o papel do líder: ser um ponto de equilíbrio e incentivo.”

DE OLHO NA FINAL

Agora, o desafio é o maior de todos: a decisão contra o COFA, adversário que fez uma campanha tão consistente quanto o Vila. Para Riquelmi, a preparação é marcada por concentração e respeito.

“Sabemos que a equipe do COFA é bastante qualificada, não chegou à final por acaso, mas por muito mérito”, afirma. “O momento é de ansiedade, aquele frio na barriga normal de quem vai disputar algo grande.”

Mesmo assim, o capitão mantém a serenidade e projeta um espetáculo de futebol: “Vamos nos concentrar no jogo, dar o máximo para fazer uma excelente partida. Que seja um grande jogo, bonito de se ver, digno de uma final.”