Ancelotti exalta ambiente da seleção antes de jogo com o Paraguai

Depois de estrear com um empate sem gols diante do Equador, em Guayaquil, Ancelotti vai comandar a seleção pela primeira vez no País

Ancelotti foi contratado para ser a "bala de prata" da CBF após um ciclo bastante tumultuado

Ancelotti elogia embiente da selecao brasileira
Ancelotti em treino da seleção em São Paulo - Foto: Rafael Ribeiro / CBF

São Paulo, SP, 10 – Quem teve a oportunidade de acompanhar as atividades da seleção nos últimos dias constatou uma mudança no ambiente. A chegada do renomado treinador Carlo Ancelotti deixou o clima mais leve, mas não menos profissional.

O novo comandante do Brasil aposta justamente na sinergia entre elenco e comissão técnico para buscar a vitória no duelo com o Paraguai nesta terça-feira, em partida da 16ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. A bola rola às 21h45, na Neo Química Arena, na zona leste de São Paulo.

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MOTIVADO

Ancelotti foi contratado para ser a “bala de prata” da CBF após um ciclo bastante tumultuado, com mudanças na gestão na entidade e diversas alterações no comando técnico. Apesar da pressão, o treinador multicampeão, que nunca treinou uma seleção anteriormente, afirma que encontrou um grupo bastante entusiasmado para recuperar a autoestima da equipe.

“Fico feliz em falar do ambiente. Treinar uma seleção é algo novo para mim. O vestiário está muito motivado, é muito profissional. Os jogadores têm boa conexão com o corpo técnico. É um ambiente bastante familiar”, revelou Ancelotti, em entrevista coletiva concedida na véspera do duelo com o Paraguai.

“Sei da importância que tenho para a seleção. Não digo que estou tranquilo, porque nunca podemos estar tranquilo, mas temos recursos para fazer as coisas bem neste ano”, comentou o italiano. “O que pude ver nesses dias foi muito amor e muita paixão. Isso aumenta a responsabilidade, mas tenho um ambiente sério e estou convencido de que vamos conseguir fazer um bom trabalho.”

Depois de estrear com um empate sem gols diante do Equador, em Guayaquil, Ancelotti vai comandar a seleção pela primeira vez no País. O Brasil vai entrar em campo já sabendo o resultado da Venezuela, que vai enfrentar o Uruguai fora de casa. Se os venezuelanos perderam, basta uma vitória em Itaquera para a vaga ser carimbada.

ARMA SECRETA?

O time que vai a campo contra o Paraguai está guardado a sete chaves por Ancelotti, mas não dever ser muito diferente do que enfrentou o Equador. A principal mudança é a volta de Raphinha, que retorna de suspensão e vai iniciar entre os titulares. A informação foi confirmada pelo próprio treinador italiano.

“Ele é um dos melhores jogadores do futebol no momento. A presença dele será muito importante para ajudar na nossa classificação”, analisou Ancelotti. “Raphinha é muito móvel e será muito importante para desbloquear a partida.”

Raphinha vive grande momento com a camisa do Barcelona e está cotado na briga pela Bola de Ouro, prêmio da revista Football ao melhor jogador do mundo. Com o atacante começando entre os 11 iniciais, a tendência é a saída de Estêvão da ponta-direita. Quem também pode perder a vaga entre os titulares é Richarlison, cujo favorito para substituí-lo é Matheus Cunha. Desta maneira, o esquema com três meio-campistas e três na frente será mantido.

ADVERSÁRIO MOTIVADO

Enfrentar o Brasil fora de casa é sempre uma missão ingrata, mas o Paraguai não poderia estar menos motivado. A seleção vem de vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai, em Assunção, e encaminhou a vaga na Copa do Mundo. Os comandados do técnico Gustavo Alfaro estão na terceira posição das Eliminatórias, com os mesmos 24 pontos do vice-líder Equador, e também podem ser beneficiados por um revés da Venezuela se levarem a melhor em Itaquera.

“Esses são os tipos de partidas em que temos tudo a ganhar e nada a perder”, disse Alfaro. “Cheguei ao Paraguai convencido de que poderíamos nos classificar para a Copa do Mundo. Estamos muito perto de conseguir”, disse Alfaro, em entrevista coletiva.

O Paraguai está invicto há nove partidas sob o comando de Alfaro, com cinco vitórias e quatro empates, e apenas seis gols sofridos. Os paraguaios bateram o Brasil por 1 a 0 em Assunção no primeiro turno, em setembro ado. Contudo, o treinador sabe que vai encontrar um adversário diferente nesta terça-feira. “Se perdermos, o que acontece? Nada. Tentaremos novamente contra o Equador.”

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